Letícia Thompson
|
A sociedade é um imenso
mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar,
sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o
atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal...
E julga-se, sem piedade, os
fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os
doentes.
Chama-se de diferente aquele
que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano. Mas, o
que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos
diferentes?
Por que etiquetas, se todos
trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos
olhos humanos?
A diferença pede licença
sim!!!
Dá-me oportunidade!
Deixa-me mostrar quem sou,
ao meu tempo! Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu
deserto.
Peço é oportunidade para
mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o
escolhido pra mim, mas aquele onde sou capaz de chegar.
Se não plantamos sementes,
jamais colheremos frutos!
Deixar que cada qual
desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. É a
diversidade de flores que dá a beleza a um jardim.
Quem é normal e quem é
anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma
forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas
palavras?
A diferença pede aceitação,
pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor.
Anormal não é quem foge dos
padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos
seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é
quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu
o verdadeiro significado da palavra amar.
Quando Jesus morreu de
braços abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdoou o ladrão,
lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para
nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do
seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca
no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição
física ou mental.
A diferença pede
licença!...
Abra-lhe o caminho e você
vai ver onde ela é capaz de chegar!
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário