quinta-feira, julho 21, 2011

Você é repelente ou atraente?



Você conhece alguém que reclama de tudo? Já ficou ao lado de alguém que parece pesado, chato, cansativo? Já conviveu com alguém que bate as portas, que fala gritando e que tem sempre uma palavra rude na ponta da língua para disparar em quem se atrever a lhe perguntar algo?

Já conheceu alguém que reclama até de propaganda de televisão, que fica nervoso com os telejornais, com a política, com a burocracia, com o cachorro, com as seguradoras, com o síndico e com a mulher (ou marido), filhos, sogra e até com o tempo?

Se faz sol é porque o calor é insuportável. Se chove é porque “pobre não tem sorte mesmo”. Tudo é motivo pra reclamar! E o maior problema é que as pessoas que são (ou estão) assim, quase sempre não percebem! Por isso, pergunte-se: você anda reclamando demais da vida?

Tem se comportado como uma pessoa pesada e desagradável? Ou seja, tem se comportado como pessoa-repelente? Tem se dado conta de que poucos amigos ainda continuam ligando de vez em quando e que dificilmente alguém te paquera, se interessa e se mantém interessado por você depois de te conhecer melhor?

Sim, porque ninguém gosta de ficar perto de alguém que mais parece uma “ziquizira” do que um “convite”... E essa é a notícia chata que eu tinha pra dar... Mas eu tenho também uma notícia muito boa!

De pessoa-repelente você pode passar a pessoa-atraente... E é mais simples do que você imagina. O primeiro passo é se tornar uma pessoa afetuosa. Sobre isso, Leo Buscaglia (em seu livro “Vivendo, Amando e Aprendendo”) deu algumas dicas:

- “Para começar, acredito... que a pessoa afetuosa seja uma pessoa que goste de si. ... Não me refiro ao narcisismo... Refiro-me a uma pessoa que goste de si como alguém que sabe que só podemos dar aquilo que possuímos, de modo que é bom começar a conseguir alguma coisa.”

- “Acho que a segunda coisa mais importante num indivíduo afetuoso é que ele se liberta de rótulos... Basta você ouvir um rótulo para pensar que sabe tudo sobre ele. Ninguém jamais se dá o trabalho de dizer: ‘Ele chora? Sente? Entende? Tem esperanças?’. Palavras... Você, se for uma pessoa afetuosa, se dirá o que significa uma palavra só depois de descobrir, por experiência, o que significa; não por acreditar na definição de outras pessoas.”

- “Também acho que o indivíduo afetuoso é o que detesta o desperdício e não suporta a hipocrisia. Rosten diz: ‘Os fracos é que são cruéis. Só se pode esperar a brandura dos fortes.’”

- “Por fim, acho que o indivíduo afetuoso é aquele que não se esqueceu de suas próprias necessidades... A necessidade de sermos vistos, conhecidos, reconhecidos... A necessidade de desfrutar do nosso mundo, de ver a maravilha contínua da vida, de poder ver como é maravilhoso estar vivo.”

Bom, o Leo escreveu muitas outras coisas fantásticas e eu adoraria continuar citando essas maravilhas, mas sugiro que você leia este livro! E eu vou continuar meu artigo... Depois de se tornar afetuosa, sugiro que você se torne uma pessoa gostosa.

Não, não estou falando de medidas, peso, busto, quadris e cintura... Estou falando de leveza, de alto astral, de risada, flexibilidade, senso de humor, otimismo... Estou falando da criança que existe em cada um de nós... mas que talvez você tenha esquecido a sua trancada no porão, desde quando se deu conta de que cresceu, de que os anos passaram. Bobagem! Abra o porão, resgate a sua capacidade de transformar pequenas ocasiões em festas.

E assim, afetuoso e gostoso, você terá se tornado uma pessoa-atraente. Daquelas que a gente tem vontade de ligar, de convidar pra sair, de conversar, de contar segredos, de pedir conselhos... Daquelas que a gente tem vontade de amar! Porque, afinal, de que mais a vida é feita?

E nunca se esqueça: se não conseguir sozinho, procure ajuda!




Rosana Braga

terça-feira, julho 19, 2011

APENAS EXPRESSÕES?



"Se um irmão ou irmã estiverem carecidos (...) e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta". (Tiago 2:16-17)

Uma expressão de amor pode ser algo bonito e comovente, mas uma expressão de amor não é necessariamente a prática do amor. Expressar suas intenções, seus alvos, suas esperanças e seus sonhos pode ser uma expressão de amor; pode até mesmo ser algo bonito e cativante, mas ainda não é amor. A concretização dessas intenções, ou desses sonhos e anseios, requer compromisso, sacrificio e um foco contínuo.
Amor é mais do que dizer "Eu te amo". Realizações práticas consistem em mais do que prometer "Eu vou fazer isso ou aquilo". Ser sensível às necessidades das pessoas é mais do que dizer: "Eu me preocupo com você". Não importa quão profunda seja a expressão; ela tem que ser efetivada mediante ação, uma ação eficiente e significativa.
A melhor maneira de enviar uma clara e determinante mensagem é fazer uma diferença real e prática. Em resumo, a mais significativa expressão não vem por meio daquilo que você diz ou como você vai aparecer dentro do processo. A verdadeira expressão está na forma e na medida como você investe tempo, energia e sacrifício pessoal.

Nélio DaSilva

Pedaços de Amizade


Amizades são feitas de pedacinhos.
Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa.
Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada pessoa.
Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro.
Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem e a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes. Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos, ou de simpatia mútua sem explicação.
Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails e essas não são menos importantes. São as famosas "amizades virtuais". Diferentes até, mas não menos importantes.
Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos (e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las.
Há amizades profundas que são criadas assim.

Saint-Exupéry disse:
"Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante".
E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido.
São lembranças para cinco minutos depois ou anos até.
Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.
Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras.
O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.
Lembre-se, você é responsável por tudo aquilo que cativa...

segunda-feira, julho 18, 2011

Se não quiser adoecer



Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
 
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.
Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer.
Então vamos  desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade,
nossos segredos, nossos pecados.
O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio
e excelente terapia.

 
Se não quiser adoecer -  "Tome decisão"  
 
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.
A história humana é feita de decisões.
Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e
valores para ganhar outros.
As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas
e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"   
 
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.
Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.
Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.
Somos o que pensamos.
O pensamento negativo gera energia negativa
que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências" 
 
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão 
que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc.,
está acumulando toneladas de peso...
uma estátua de bronze, mas com pés de barro. 
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.
São pessoas com muito verniz e pouca raiz.
Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"  
 
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que  sejamos
algozes de nós mesmos.
Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.
Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores,
competitivos, destruidores.
Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas,
é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"  
 
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria
liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
 
Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"   
 
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde
e trazem vida longa.
A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.


  "O bom humor nos salva das mãos do doutor".
     Alegria é saúde e terapia.

A grama do vizinho



 
 
  
Há um certo há de queixume sem razões muito claras. Converso com pessoas que estão na meia-idade, todas com profissão, família e saúde e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/acontecimentos/só que quando anoitece/é festa no outro apartamento”. Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha sido convidada. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são — ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As "festas em outros apartamentos" são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então, fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos para se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse caído - todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia e olha que na época em que ele escreveu estes versos, não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades — reais e inventadas — fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras, fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes, enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas costumam acontecer dentro do nosso próprio apartamento.



Martha Medeiros