...Você é Deus?
Logo depois do término da Segunda Guerra Mundial,
Certa manhã muito fria de Londres, um soldado americano
estava retornando ao acampamento.
Quando ele virou a esquina dirigindo um jipe, avistou um
menino com o nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria.
Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa para uma fornada de rosquinhas.
Faminto e com os olhos arregalados, o menino observava
todos os movimentos do confeiteiro.
O soldado parou o jipe junto ao meio-fio, desceu, e caminhou em
silêncio até o local onde o menino se encontrava.
Através do vidro embaçado pela fumaça, ele viu as rosquinhas
quentes e de dar água na boca sendo retiradas do forno.
O menino salivou e deu um leve gemido quando o confeiteiro colocou
as rosquinhas no balcão de vidro com todo o cuidado.
Em pé ao lado do menino, o soldado comoveu-se diante
daquele órfão desconhecido.
- Filho... você gostaria de comer algumas rosquinhas?
O menino falou de modo tímido e com um certo receio:
- Ah, sim... eu gostaria!
O soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas.
Colocou-as dentro de um saco de papel e dirigiu-se ao menino.
O soldado sorriu, entregou as rosquinhas e disse : - Aqui estão.
Quando o soldado se virou para ir embora, sentiu um puxão em sua farda.
Ele olhou para trás e ouviu o menino perguntar baixinho:
- Moço...você é Deus?
Esta pequena história é um exemplo claro de que aquilo que fazemos
em favor dos outros pode ser de fundamental importância para suas vidas.
Nossas ações podem ser a presença de Deus na vida daqueles
com os quais convivemos.
Presença que alimenta, acaricia, consola,
anima, fortalece... presença divina!
Não é sem razão que o apóstolo Paulo recomenda:
“Portanto, usemos os nossos diferentes dons de
acordo com a graça que Deus nos deu.
Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus,
façamos isso de acordo com a fé que temos.
Se o dom é de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então
ensinemos; se é o dom de animar os outros, então animemos.
Quem reparte com os outros o que tem,
que faça isso com generosidade.
Quem tem autoridade, que use a autoridade com todo o cuidado.
Quem ajuda os outros, que ajude com alegria.
Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo.” (Rm 12.7ss).
Se colocarmos em prática estas recomendações do apóstolo é
provável que alguém também nos pergunte:
-Moço...você é Deus?
Itamar E. Schlender - Pastor Capelão
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