sábado, setembro 03, 2011

...Você é Deus? 



Logo depois do término da Segunda Guerra Mundial,
a Europa começou a ajuntar os cacos que restaram.
Grande parte da Inglaterra fora destruída e encontrava-se em ruínas.
Talvez o lado mais triste da guerra tenha sido assistir as criancinhas órfãs
morrendo de fome nas ruas das cidades devastadas.
Certa manhã muito fria de Londres, um soldado americano
estava retornando ao acampamento.
Quando ele virou a esquina dirigindo um jipe, avistou um
menino com o nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria.
Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa para uma fornada de rosquinhas.
Faminto e com os olhos arregalados, o menino observava
todos os movimentos do confeiteiro.
O soldado parou o jipe junto ao meio-fio, desceu, e caminhou em
silêncio até o local onde o menino se encontrava.
Através do vidro embaçado pela fumaça, ele viu as rosquinhas
quentes e de dar água na boca sendo retiradas do forno.
O menino salivou e deu um leve gemido quando o confeiteiro colocou
as rosquinhas no balcão de vidro com todo o cuidado.
Em pé ao lado do menino, o soldado comoveu-se diante
daquele órfão desconhecido.
- Filho... você gostaria de comer algumas rosquinhas?
O menino falou de modo tímido e com um certo receio:
- Ah, sim... eu gostaria!
O soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas.
Colocou-as dentro de um saco de papel e dirigiu-se ao menino.
O soldado sorriu, entregou as rosquinhas e disse : - Aqui estão.
Quando o soldado se virou para ir embora, sentiu um puxão em sua farda.
Ele olhou para trás e ouviu o menino perguntar baixinho:
- Moço...você é Deus?
Esta pequena história é um exemplo claro de que aquilo que fazemos
em favor dos outros pode ser de fundamental importância para suas vidas.
Nossas ações podem ser a presença de Deus na vida daqueles
com os quais convivemos.
Presença que alimenta, acaricia, consola,
anima, fortalece... presença divina!
Não é sem razão que o apóstolo Paulo recomenda:
“Portanto, usemos os nossos diferentes dons de
acordo com a graça que Deus nos deu.
Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus,
façamos isso de acordo com a fé que temos.
Se o dom é de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então
ensinemos; se é o dom de animar os outros, então animemos.
Quem reparte com os outros o que tem,
que faça isso com generosidade.
Quem tem autoridade, que use a autoridade com todo o cuidado.
Quem ajuda os outros, que ajude com alegria.
Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo.” (Rm 12.7ss).
Se colocarmos em prática estas recomendações do apóstolo é
provável que alguém também nos pergunte:
-Moço...você é Deus? 
 
Itamar E. Schlender - Pastor Capelão

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